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Doença de Refluxo Gastro-Esofágico (DRGE)

A Doença de Refluxo Gastro-Esofágico (DRGE) é caracterizada por sintomas incómodos com redução da qualidade de vida dos doentes e que pode dar origem ainda a complicações associadas. O Refluxo Gastro-Esofágico (RGE) define-se como a passagem de conteúdo do estômago para o esófago. (15)
Os doentes com DRGE apresentam quadros muito heterogéneos no que toca à gravidade da sintomatologia e complicações. Esta variabilidade depende de vários fatores tais como a duração dos episódios de RGE, o volume e nível de acidez do material refluído, o tempo de contato deste material com a mucosa esofágica, a sensibilidade de cada pessoa perante o estímulo do ácido, etc. Os sintomas mais frequentes da DRGE são a pirose (azia), a regurgitação alimentar e a dor torácica. Entre as complicações desta doença destacam-se a esofagite erosiva, a estenose esofágica, o esófago de Barrett, a laringite e adenocarcinoma esofágico. (16)
Dados do Observatório Nacional de Saúde (ONSA) referem que esta doença apresenta uma prevalência de 35% na população portuguesa com mais de 18 anos. Estudos epidemiológicos revelam ainda que 10-20% da população dos Estados Unidos da América e da Europa Ocidental padecem de DRGE e que a maioria destes doentes (70-90%) não apresenta esofagite erosiva. (16,17)
A DRGE diminui, por definição, a qualidade de vida dos doentes mas não deve ser considerada uma doença grave de acordo com o conceito habitual deste termo. Na grande maioria dos casos a doença é leve ou moderada sem complicações preocupantes, controlável com hábitos de vida saudáveis e/ou com tratamento farmacológico, onde apenas numa minoria de doentes torna-se imprescindível o tratamento cirúrgico. (15)
A DRGE não é uma doença homogénea e o tratamento deverá ser individualizado. A definição da abordagem terapêutica depende da presença de esofagite ou outras complicações, bem como da intensidade e frequência dos sintomas. Existem várias alternativas terapêuticas para o tratamento da DRGE. (15,16)

 

Última atualização: Novembro 2021
C-ANPROM/PT/CORP/0228, November 2021


Referências

  1. Savarino V, et al. Pathophysiology, diagnosis, and pharmacological treatment of gastro-esophageal reflux disease. Expert Review of Clinical Pharmacology. 2020 Apr. 13(4):437-449.
  2. Eusebi LH, et al. Global prevalence of, and risk factors for, gastro-oesophageal reflux symptoms: a meta-analysis. Gut. 2018 Mar. 67(3):430-440.
  3. Doença do Refluxo Gastro-Esofágico (DRGE) [Internet]. www.sped.pt. 2008 [cited 10 Jul 2020]. Available from: https://www.sped.pt/images/Publicacoes_SPED/Monografia_DRGE_I__1.pdf