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Especialista revela as principais dúvidas sobre o câncer de pulmão entre não fumantes

26 de janeiro de 2021

São Paulo, janeiro de 2021 – O câncer de pulmão é o terceiro mais frequente entre os dez principais tipos de tumores1, sendo o mais incidente em homens e o terceiro em mulheres, ocupando o primeiro lugar em mortalidade em todo o mundo. No Brasil, cerca de 13% de todos os novos casos de câncer são de pulmão, sendo estimados 30.200 diagnósticos para cada ano do triênio 2020-2022, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA)2.  

O Dr. Mauro Gomes, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e chefe de equipe de pneumologia do Hospital Samaritano Higienópolis, compartilhou as principais dúvidas que os pacientes não tabagistas com câncer de pulmão têm ao descobrir o diagnóstico.


1.O câncer de pulmão tem cura?

“Quanto mais cedo o câncer for diagnosticado, maiores são as chances de cura. Por isso, é importante ficar atento aos sinais como: tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, rouquidão, piora da falta de ar, perda de peso e de apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, sentir-se cansado ou fraco e evitar o principal fator de risco: o tabagismo, que envolve o consumo de cigarros, charutos, cachimbos e narguilé.

No caso dos não fumantes existe um grau maior de dificuldade na investigação da doença. Infelizmente, sabemos de casos em que o paciente fica meses recebendo tratamento para uma infecção respiratória, pois quando chega a um pronto-socorro, por exemplo, apresentando alguns dos sintomas citados acima, a principal suspeita é pneumonia ou até mesmo tuberculose. Isso pode atrasar o diagnóstico, o que faz a doença evoluir e ser descoberta quando está mais avançada”, explia o Dr. Gomes.


2.Como são avaliadas as fases do câncer de pulmão?

“O câncer de pulmão é dividido em quatro estágios: sendo o primeiro o mais precoce e o quarto o mais avançado. Os exames solicitados para o diagnóstico são a tomografia computadorizada, para identificar a extensão do tumor, uma biopsia, cintilografia óssea, na qual há injeção de um líquido na veia que possibilita o rastreamento de metástases no esqueleto para verificar se não houve metástase cerebral”, diz o especialista.


3.Não sou tabagista. Como posso ter desenvolvido a doença?

Embora o cigarro seja apontado como responsável pela maioria dos casos de câncer de pulmão, tem aumentado nas últimas décadas o número de não fumantes que desenvolvem a doença3. Nos EUA, as taxas de incidência de câncer de pulmão entre quem nunca fumou varia de 14,4 a 20,8 por 100.000 pessoas-ano em mulheres e 4,8 a 13,7 por 100.000 pessoas-ano em homens4. “Isso reforça observações anteriores de que as mulheres têm maior probabilidade do que os homens de ter câncer de pulmão associado ao não tabagismo. Exposição à radiação, ao gás radônio, poluição e fumo passivo são alguns dos fatores importantes relacionados à enfermidade”, salienta o Dr. Gomes.


4.Quais os tipos de câncer de pulmão?

“O câncer de pulmão pode ser dividido em dois grandes grupos: carcinoma de células pequenas (CPPC), que pode evoluir de forma acelerada e geralmente é mais agressivo, e o câncer de pulmão de células não-pequenas (CNPC), que é o tipo de tumor de pulmão mais comum (80% a 85% dos casos) e possui três subtipos principais:  adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas (carcinoma epidermóide) e carcinoma de grandes células”, explica o especialista.

Entre os CNPC, cerca de 60% são do tipo adenocarcinomas5 e dessses, em 5% dos quadros, há um rearranjo genético do gene chamado quinase de linfoma anaplásico (ALK+), que leva à produção de uma proteína anormal, fazendo com que as células cresçam e se espalhem6. Esse é o subtipo de câncer que geralmente acomete os paciente não tabagistas. No mundo, aproximadamente 40 mil pacientes convivem com câncer de pulmão ALK7.

O especialista explica, ainda, que é importante saber que existem outros marcadores tumorais encontrados com frequência nos tumores sólidos: “mutação em KRAS e em EGFR, amplificação de MET, mutação em PI3K, mutação em HER2 (Human Epidermal Growth Factor Receptor), mutação em BRAF (v-Raf murine sarcoma viral oncogene homologue B1) e rearranjo de ROS1 (ROS proto oncogene 1)”.


5.Quais são os avanços do tratamento para esse tipo de doença?

“Atualmente, a medicina personalizada permite a avaliação molecular para verificar as características da doença e identificação do subtipo do tumor. Isso faz parte do protocolo de definição do tratamento que poderá ser realizado de forma individual com maior chance de eficácia e menos efeitos colaterais, podendo assim promover melhor qualidade de vida, levando em conta o fato de que o tratamento pode ser feito por meio de comprimidos em muitos casos, e não pela antiga quimioterapia venosa”, finaliza o médico.


Sobre a Takeda Pharmaceutical Company Limited

A Takeda Pharmaceutical Company Limited (TSE:4502) (NYSE:TAK)  é uma empresa global baseada em valores e orientada por Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Líder biofarmacêutica, a empresa tem sede no Japão e seu compromisso é trazer uma Saúde Melhor e um Futuro Mais Brilhante para pacientes do mundo inteiro, traduzindo ciência em medicamentos altamente inovadores. A Takeda concentra seus esforços de P&D em quatro áreas terapêuticas: Oncologia, Gastroenterologia, Neurociências e Doenças Raras. Também fazemos investimentos de P&D específicos em Terapias Derivadas de Plasma e Vacinas. Nosso objetivo é desenvolver medicamentos altamente inovadores que fazem a diferença na vida das pessoas, avançando na fronteira de novas opções de tratamento: aproveitamos nosso sistema colaborativo de Pesquisa e Desenvolvimento para criar um pipeline robusto e diversificado para diferentes modalidades. Nossos funcionários também abraçam o compromisso de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, trabalhando com nossos parceiros na área da saúde em aproximadamente 80 países e regiões.
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Referências bibliográficas

1. Instituto Nacional do Câncer (INCA) [Internet] Câncer de Pulmão. Disponível em: com.br/bszBD.Acesso em: 22 de outubro de 2020.
2. Portal INCA - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro: INCA, 2019. 120 p: il. color. ISBN 978-85-7318-388-7 (versão impressa) ISBN 978-85-7318-389-4 (versão eletrônica) 1. Neoplasias. Epidemiologia. 3. Mortalidade. 4.Estatísticas. 5. Incidência. 6. Brasil. I. Título. CDD 614.5999481
3. Portal Drauzio Varella [Internet] Câncer de pulmão em não fumantes. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/cancer/cancer-de-pulmao-em-nao-fumantes/. Acesso em: 23 de setembro de 2020.
4. National Center for Biotechnology Information [Internet] Incidência de câncer de pulmão em nunca fumantes.Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2764546/. Acessado em: 27 de outubro de 2020.
5. Min Zheng, MD, PhD [Internet] Classification and Pathology of Lung Cancer em: https://cbc.org.br/wp-content/uploads/2016/07/072016SCOc.pdf. Acesso em 28 de setembro de 2020.
6. Instituto Oncoguia [Internet] Tipos de Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células, http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tipos-de-cancer-de-pulmao-de-nao-pequenas-celulas/1577/196/. Acesso em 21 de janeiro de 2020
7. Shaw A, et al. ASCO 2017

 

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