Agosto de 2022 – Pesquisa inédita realizada pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), a pedido da biofarmacêutica Takeda e com coordenação científica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), avaliou a percepção de 2 mil brasileiros sobre a dengue e mostrou que, apesar de amplamente divulgada, várias informações básicas sobre a doença ainda não são de pleno conhecimento da população. Além disso, o estudo revelou que a pandemia de COVID-19 contribuiu para a redução de cuidados com a doença e até mesmo para mudar a percepção sobre ela.
De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 1.172.882 casos prováveis de dengue no Brasil nos primeiros seis meses deste ano, aumento de 195,9% em relação ao mesmo período do ano passado.1 Em 2021, houve uma queda no registro de casos e mortes em relação a 2020. Foram 544.460 casos prováveis de dengue, enquanto em 2020 os registros chegaram à marca de 1 milhão no país.2 A subnotificação e o isolamento social por causa da pandemia podem ser algumas das explicações para a queda.
Nesse contexto, entre os entrevistados das regiões Norte e Centro-Oeste, 35% acreditam que a doença deixou de existir no período e 25% avaliam que o risco de contrair dengue diminuiu durante a pandemia. O fato de considerarem que a dengue deixou de existir durante a pandemia de COVID-19 pode levar ao relaxamento das ações preventivas, aumentando o risco de contraírem a doença. Mais da metade (55%) dos entrevistados das regiões Norte e Centro-Oeste considera que os cuidados com a dengue diminuíram no cenário da pandemia.
Segundo dados do Ministério da Saúde dos primeiros seis meses de 2022, a região Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência de dengue (1.629,9 casos/100 mil habitantes) no período analisado, ou seja, um total de 272.306 casos prováveis de dengue; o Norte aparece como a região com menor taxa (223,2 casos/100 mil habitantes), totalizando 42.191 casos prováveis. Entre os municípios que apresentaram os maiores registros de casos prováveis de dengue até a respectiva data, quatro estão localizados nessas duas regiões: Brasília/DF, Goiânia/GO, Joinville/SC, Aparecida de Goiânia/GO, São José do Rio Preto/SP e Palmas/TO.1
“Essa realidade revelada pela pesquisa é preocupante. Com a urgência da pandemia de COVID-19, muitas doenças infecciosas, como as arboviroses (que inclui a dengue), foram colocadas em segundo plano e até esquecidas. Precisamos retomar a discussão e cuidados com a dengue, focando em disseminar informações e campanhas de conscientização que estimulem a prevenção”, afirma Alberto Chebabo, médico infectologista e presidente da SBI.
O levantamento também apontou que 30% dos entrevistados de todo o Brasil afirmaram já ter tido dengue, sendo 45% nas regiões Norte e Centro-Oeste. Destes 45%, 29% contraíram a doença duas vezes e 9% três vezes ou mais. No geral, na região Norte/Centro-Oeste, 83% conhecem alguém que já teve a doença. A pesquisa mostrou que ainda existe um longo caminho para conscientização da população, já que dos 45% que tiveram dengue, 37% não fizeram nenhuma mudança para controle da dengue em casa após adoecerem.
O estudo foi realizado entre os dias 19 e 30 de outubro de 2021, com 2 mil pessoas, a partir de 18 anos, de todas as classes sociais e regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. As regiões Norte e Centro-Oeste são representadas por 16% dos entrevistados. Acesse a pesquisa completa aqui.
O levantamento apontou dados preocupantes sobre a falta de conhecimentos básicos sobre a dengue, mostrando que há um gargalo na conscientização da população. A forma exata de contágio não é de pleno conhecimento da população: 13% dos entrevistados das regiões Norte e Centro-Oeste desconhecem como a doença é transmitida. Picada do mosquito (80%) e água parada (17%) aparecem como as formas mais citadas.
Mesmo tendo grande assertividade para os locais com maior risco de contágio, mais de 50% associaram como situações de risco: pessoas que nunca tiveram dengue, idosas e com imunidade baixa.
Outro dado importante revelado foi que 61% dos entrevistados das regiões Norte e Centro-Oeste não sabem quantas vezes uma pessoa pode contrair a doença e 17% afirmam que podem contrair um número ilimitado de vezes. Apenas 2% reconhecem que uma pessoa pode pegar dengue até 4 vezes.
Quanto à prevenção, o levantamento apontou que 93% dos moradores das regiões Norte e Centro-Oeste acreditam que a dengue pode ser evitada. “A população sabe o que é a dengue e qual a forma de prevenção, mas vemos poucas ações concretas para diminuir a proliferação do mosquito vetor. O trabalho dos agentes de saúde é fundamental para mudar esse comportamento”, afirma Rosana Richtmann, médica infectologista.
A pesquisa também avaliou o interesse dos brasileiros na busca e por informações sobre a dengue. Apesar de 67% terem declarado que não buscam informações sobre a doença, quando questionados sobre o interesse 61% gostariam de receber informações por diversos canais, destes, a internet é citada por 74% dos respondentes.
A pesquisa também buscou entender o quanto as fake news impactam a comunicação com a população. Quando questionados sobre a verificação de assuntos de saúde, 78% dos entrevistados das regiões Norte e Centro-Oeste disseram checar a veracidade das informações. A internet foi citada como a maior fonte: Google e sites de notícias (31%).
Para contribuir com a disseminação de informações confiáveis e educativas a respeito da doença, a biofarmacêutica Takeda lançou o site Conheça Dengue. O portal, que traz dados atuais, mitos e verdades, informações sobre sinais e sintomas para identificar a dengue, tem como objetivo ser mais uma fonte confiável de informações e ajudar na conscientização e combate à doença no Brasil.
A dengue é uma doença infecciosa, que pode evoluir para formas graves, acometendo bebês, crianças e adultos. Existem quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). 3,4 A dengue está presente em mais de 100 países de regiões tropicais e subtropicais e está diretamente relacionada a fatores climáticos, como chuvas, temperaturas mais elevadas, umidade relativa do ar, além de outros fatores, como a crescente urbanização não planejada, globalização, aquecimento global etc. Além do impacto físico, a doença acarreta um importante ônus socioeconômico e impõe um grande desafio para a saúde pública onde está presente.3
A dengue é transmitida a humanos por meio da picada do mosquito infectado (fêmeas) Aedes aegypti. Outras espécies do gênero Aedes também podem atuar como vetores, porém desempenham um papel secundário ao Aedes aegypti. 3,4 A dengue é a doença transmitida por vetor que cresce de forma mais rápida no mundo, e sua incidência cresceu dramaticamente nas últimas décadas. Como a grande maioria dos casos é assintomática ou leve e, mesmo os sintomáticos, muitas vezes, não são notificados, os números reais são subestimados.3
A suspeita de infecção por dengue acontece quando o paciente apresenta febre alta (> 38°C) acompanhada por pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor atrás dos olhos, manchas vermelhas na pele, náusea e vômito, dor de cabeça severa, dores musculares e articulares.4 Não existe um tratamento específico para a dengue. As medidas adotadas devem visar o controle dos sintomas. Pacientes com suspeita de dengue devem buscar orientação médica logo ao surgirem os primeiros sintomas da doença. Em casos de dengue grave, o atendimento médico é fundamental para a manutenção do volume de fluido corporal.3
A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada para impedir possíveis criadouros, como em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.5
A Takeda Pharmaceutical Company Limited (TSE: 4502/NYSE: TAK) é uma líder biofarmacêutica global, baseada em valores e orientada por Pesquisa & Desenvolvimento com matriz no Japão, comprometida em descobrir e fornecer tratamentos que transformam vidas, guiada por nosso comprometimento com pacientes, nossas pessoas e o planeta. A Takeda concentra seus esforços de P&D em quatro áreas terapêuticas: Oncologia, Doenças Genéticas Raras e Hematologia, Neurociências e Gastroenterologia (GI). Além disso, fazemos investimentos direcionados em P&D de Terapias Derivadas do Plasma e Vacinas. Nosso foco está no desenvolvimento de medicamentos altamente inovadores que contribuem para fazer a diferença na vida das pessoas ao expandir a fronteira de novas opções de tratamento e impulsionar nosso setor de P&D aprimorado e colaborativo e capacidades para criar um pipeline robusto em diversas modalidades. Nossos colaboradores estão comprometidos em melhorar a qualidade de vida de pacientes e em trabalhar com nossos parceiros de saúde em aproximadamente 80 países. Para mais informações visite o site https://www.takeda.com.
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